Achas que sou a tua opção, fim de festa,
O último gole da bebida
Deslizada em taça de ouro, gosto raro a te servir
Saciar a sede que há em ti?
Pensas que tuas falas , teu olhar, irão minimizar
A dor que repetidas vezes provocas?
Sugeres o calor do teu corpo a aquecer neste frio
Quando bem entender?
Não sou o prazer a deitar em tua cama
Quando for este o teu querer!
Como se sentimento eu não tivesse
Tu pensas em satisfação própria
Sem enxergar algo mais profundo
De um momento a dois...
Preciso dizer-lhe o que parece, que nunca aprendeu...
Não sou objeto, não sou opção, mas sim...
Sou mulher de nobre sentimento
Sensível alma precisando de alento
Não sou a insignificância de um mero instante de prazer
A casualidade insurgindo sem a satisfação
O arrepio da pele, a luz no olhar a precisar
Cada momento de emoção fazendo coro com o luar
Sou um ser que clama por amor
Sou entrega ardente,incandescente
Para quem souber me amar
Gostaria que me sentisse como sou
E não como me classificou em sua vida
Que pena...Perdestes o melhor de mim...
Tu não me vias...
Percebes tu a insalubridade acometendo a alma
De quem dizia, fazia, jurava e enganava-se enganando
Ao mesmo tempo em que o mar o jogava para o fundo
Afogando-se nas muitas ondas
Dos sentimentos intranquilos?
Foste tu que se afogou.
Agora me liberto porque não conseguiu teu intento
Levar-me ao fundo deste sentimento
Superficial e sem razão de ser
Sem ar, sem rima,sem calor ou vibração
Pulso enfraquecendo, quase encontrando com seu deus
Nesse apogeu ao avesso em que vives
Nem pelas Sereias serás tu recebido!
Tu afogastes no mar de teus sentimentos egoístas
Eu?
Dei as costas a este mar revolto...
Hoje navego em calmarias.
Autoria: Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube