Poesia

Poesia é transformar em palavras sentimentos que vão da alma. É um dom que nos transporta para outras dimensões. E numa destas dimensões duas pessoas se encontraram, firmaram amizade e resolveram se unir neste blog em parceria: Patrícia Pinna e Zilda Oliveira. Convidamos a todos a pensarem conosco, emitirem seus sentimentos,viajarem nesse mundo glorificado de poesia. Ela é libertária, traduz o que sentimos da forma mais ampla, é única. Para nós é muito gratificante levar ao público nosso trabalho elaborado com amor e carinho, neste espaço que é de vocês.Agradecemos o carinho pela presença,assim como a Deus por permitir este blog hoje existir!

domingo, 18 de outubro de 2015

Não Afundei-me Em Teu Oceano By Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira


Achas que sou a tua opção, fim de festa,
O último gole da bebida
Deslizada em  taça de ouro, gosto raro a te servir
Saciar a sede que há em ti?
Pensas que tuas falas , teu olhar, irão minimizar
A dor que  repetidas vezes provocas?
Sugeres o calor do teu corpo a aquecer neste frio
Quando bem entender?

Não sou o prazer a deitar em  tua cama
Quando for este o teu querer!
Como se sentimento eu não tivesse
Tu  pensas em satisfação própria
Sem enxergar algo mais profundo
De um momento a dois...
Preciso dizer-lhe o que parece, que nunca aprendeu...
Não sou objeto, não sou opção, mas sim...

Sou mulher de nobre sentimento
Sensível alma precisando de alento
Não sou a insignificância de um mero instante de prazer
A casualidade insurgindo sem a satisfação
O arrepio da pele, a luz no olhar a precisar
Cada momento de emoção fazendo coro com o luar

Sou um ser que clama por amor
Sou entrega ardente,incandescente
Para quem souber me amar
Gostaria que me sentisse como sou
E não como me classificou em sua vida
Que pena...Perdestes o melhor de mim...
Tu não me vias...

Percebes tu a insalubridade acometendo a alma
De quem dizia, fazia, jurava e enganava-se enganando 
Ao mesmo tempo em que o mar o jogava para o fundo
Afogando-se nas muitas ondas
Dos sentimentos intranquilos?
Foste tu que se afogou.
Agora me liberto porque não conseguiu teu intento
Levar-me ao fundo deste sentimento
Superficial e sem razão de ser

 Sem ar, sem rima,sem calor ou vibração
Pulso enfraquecendo, quase encontrando com seu deus
Nesse apogeu ao avesso em que vives
Nem pelas Sereias serás tu recebido! 
Tu afogastes no mar de teus sentimentos egoístas
Eu?
Dei as costas a este mar revolto...
Hoje navego em calmarias.

Autoria: Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Relógio By Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira



A cada dia desnudo-me em emoções
Algumas tão contraditórias que parece não ter sentido
Que sentido procuro
Em minh'alma para justificar tua ausência?
Nada falo e em tudo penso
Vejo-te  em nossa trajetória,
E não encontro motivos para tua partida

Como gangorra está o meu pensamento
Não se estabiliza, apenas eterniza a emoção
Iludindo a batida do meu coração
Tão sonhador e sofredor neste momento!

Quiçá um dia compreenderei a fragilidade
Da tua inconstância humana
Perturbando a si como  nó apertado,
Corrente pesada acoplada ao teu sentimento
Raciocínio não tem clareza, tampouco a firmeza
Para prosseguir saudável,  por isso, fere
E quando sangras, não a ti somente o fazes,
Ignoras o retorno, acha-se imune, o próprio Deus

O relógio do tempo não parou
Minha existência continua sua trajetória
Onde ficaram os sentimentos
Que alimentavam o nosso amor?
Procuro respostas mas o que acho são palavras doces 
Porém vazias no tempo...
Era tudo mentira ou talvez um sonho
Que o relógio ao tocar fez-me despertar?
Despertar para a realidade
Em que procuro um novo e singelo motivo
Para recomeçar

Fora uma mentira, hoje sei,
Apenas quisera acreditar na verdade inexistente
Escondeu para si essa "realidade"
E arrastou o pesado tempo das horas
Exibiu em cada segundo uma frieza
Um descompasso inacreditável
Como uma serpente camuflada entre as muitas folhas
Arrastando-se  lentamente

Olho para o relógio que insiste em marcar sua ausência
E que chama-me para a vida com urgência
Mostrando-me que tudo é  passageiro
Nós também somos
Visto-me de esperança e guardo como lembrança
O nosso amor

Amor este que não mais existe
Ficou no tempo, se transformou
Tua presença e ausência em mim viraram história
Que o tempo não levou.
O relógio mostra-me as horas e eu...
Vou de encontro ao que espera-me
Vou viver!!!


Autoria: Patrícia Pinna / Zilda Oliveira
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube



domingo, 4 de outubro de 2015

O Habitante By Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira



Um despertar nasceu em mim sem anunciar
De forma que acomodou em meu ser
Sem que eu sentisse, como se há muito estivesse aqui
E não percebi

De onde o conheço...De outras vidas?
Ou desta de antigos tempos?
Não sei dizer...

Só sei sentir, é mais forte do que o questionamento existencial
Sei ele existir como o vento envolvente em meu corpo
Devasta, ao mesmo tempo que refresca, voz enlouquece meu desejo
E as lágrimas são a mais profunda corrente do amor feliz
Tateando minha face como corpos, almas amantes

Te acolho e absorvo em meu ser com todos os desejos
Que sinto em minh'alma, somos um só que estremece-se em agonia
Seja por um amor singular nesta vida ou na eternidade

És terra fértil para mim, faz crescer com saúde
Minhas plantas por ti germinadas
Não interessa o que a sociedade possa dizer
Eu decidi e quero amar você
Porque já habitas em mim

E nesse habitar reluz toda a plenitude do que significa amar
Apodera-se com a força, transmite delicadeza
Faz deleitar em sonhos profanos  sem o pano da intolerância

O que importa se o meu olhar num tempo cruzar o teu
Como a velocidade da luz ou servir de leito
Feito as nascentes de muitas águas?
O que quero é viver e dizer que amo você sem pudor
Mas com o mais puro e verdadeiro amor!

Para onde esta brincadeira destemida nos conduzirá?
Sei não ter a resposta, fico esperando algum sinal
Pelo portal do além, algum socorro para essa distraída situação

Talvez não saiba, no âmago, o quanto sente a minha falta
Precisando de mim para sair da imaginação, sentindo a vibração da minha pulsação aquecendo os seus dias

Seremos uno no tempo que está aí
Sem medida, ou cerimônia
Apenas na nossa ânsia  e audácia de ser feliz!


Autoria: Patrícia Pinna/ Zilda Oliveira
Vídeo: You Tube
Imagem: Internet